Há 82 anos nascia o grande ZÉ MARCOLINO. Dono de obras como SALA DE REBOCO, PASSARO CARÃO, SERROTE AGUDO, CACIMBA NOVA, CANTIGA DE VEM-VEM, PEDIDO A SÃO JOÃO, FOGO SEM FUZIL, QUERO CHÁ, estas eternizadas na voz de GONZAGÃO.
O Sertanejo José Marcolino era um homem que valorizava
as tradições nordestinas, sendo muito ligado aos cantadores e às prosas
sertanejas, que foram profundamente importantes em sua vivência como homem de
origem humilde.
Nasceu em 28 de junho de 1930 na cidade de Sumé, no
Sítio Várzea Paraíba, lugar exuberante de sons, cheiros e cores. Inspirado na
paixão pelo Nordeste, sua música falava do Cariri e do povo que habitava a
região.
Diante do desejo de conhecer Luiz Gonzaga, escreveu
diversas cartas ao Rei, porém nunca havia obtido resposta. Certo dia, sabendo
que Gonzaga estava em sua cidade, hospedado no Grande Hotel, José Marcolino não
se conteve.
Sabendo que aquele momento poderia ser a grande
oportunidade para apresentar sua música a Luiz Gonzaga, foi à sua procura.
Chegando ao hotel, encontra Xaxadinho, que fazia parte do trio que acompanhava
Luiz Gonzaga, a quem pediu informação e, atendido com simpatia pelo tocador de
triângulo, esperou a descida de Gonzaga.
O primeiro encontro foi tratado com certo desinteresse
percebido por Marcolino, que, de cara interrogou Luiz Gonzaga sobre o
recebimento de suas cartas. O encontro não durou muito tempo e o compositor foi
embora desanimado com o desenrolar da conversa.
Decorrente sua persistência, José Marcolino conseguiu
com que Gonzaga lhe escutasse. Após a sua apresentação, Luiz Gonzaga com um
sorriso no rosto, perguntou ao compositor quantas músicas iria lhe dar.
Respondendo com simplicidade, José Marcolino disse: - umas três.
Por fim, recebeu um abraço de Luiz Gonzaga que
convidou o novo parceiro para ir com ele para o Rio de Janeiro, dando início a
uma importante parceria que originou verdadeiras obras primas da música
nordestina.
No dia 19 de setembro de 1987, José Marcolino sofreu
um grave acidente de carro, em Afogados da Ingazeira, vindo a falecer no dia
seguinte.
Em decorrencia da sua morte, o poeta Zé de Cazuza escreveu:
"Meu cumpadre, colega e quase irmão
O saudoso poeta marcolino
por mandado da sorte ou do destino
Foi mandado pra outra região
Uma vaca inocente, se razão
atropela um carro em disparada
Deixa a pista de sangue nodoada
como marca de tudo que se deu
A estrada matou quem escreveu
O mais belo poema da estrada."
Zé Marcolino deixou neste vídeo, um pouco da sua genialidade para a eternidade.
SALVE ZÉ MARCOLINO!!!
SALVE ZÉ MARCOLINO!!!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEm homennagem continuarei o poema... perdoe-me se contiver algum erro.
ResponderExcluir"Meu cumpadre, colega e quase irmão
O saudoso poeta marcolino
por mandado da sorte ou do destino
Foi mandado pra outra região
Uma vaca inocente, sem razão
atropela um carro em disparada
Deixa a pista de sangue nodoada
como marca de tudo que se deu
A estrada matou quem escreveu
O mais belo poema da estrada.
A estrada não teve complacência
de poupar um poeta cantador
que cantava sua gloria seu valor
lhe tratando com tanta deferência
Não lembrou-se que aquela inteligência
precisava rever sua morada
foi ingrata, perversa, desalmada
machucou seu grande...
A estrada matou quem escreveu
O mais belo poema da estrada.
Sei que a vida do vale terminou-se
por motivo de um carro que virava
por fração de segundo ele escapava
por fração de segundo ele acabou-se
o poder do acaso atravessou-se
lhe trazendo na morte essa embaixada
seja a alma do corpo desligada
uma subiu para o céu outro desceu
A estrada matou quem escreveu
O mais belo poema da estrada.
Viva a Zé Marcolino, viva a Zé de Cazuza georgealecyo@gmail.com
que poema bomito mais ele desou saudade ze marcolino 28 junho 1930 20 setembro 1987
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