Este ano, completam-se 50 anos da morte do compositor Zé Dantas, artista que deixou uma obra singular dentro
da música brasileira em especial para a música nordestina.
O legado de Zé Dantas dentro da
música popular brasileira é fundamental para mapear a história da MPB no
século XX. É de extrema valia não deixar que um nome como o dele caia no total
ostracismo, ainda mais com o legado que deixou para a música popular
brasileira.
O pernambucano José de Souza
Dantas Filho, nasceu no município de Carnaíba de Flores, hoje Carnaíba, Sertão
do Pajeú de Pernambuco que ficou popularmente conhecido no mundo musical
por Zé Dantas e junto a Humberto Teixeira foi um dos principais parceiros do
cantor e compositor Luiz Gonzaga, ajudando com suas letras e melodias a
sedimentar o baião como um gênero exitoso.
Por causa da profissão de médico e por medo que seu pai pudesse o punir
de alguma maneira, até 1949 Zé Dantas não colocava seu nome nas suas
composições, deixando Luis Gonzaga gravá-las só para ter o prazer de ouví-las.
Apartir desta data, já tendo dado ao pai o prazer de ter um filho ‘doutor’,
tenha se sentido mais encorajado a sair do anonimato como compositor assinando
em parceria com Luiz Gonzaga o baião “Vem morena”. Essa concessão dada a Gonzaga hoje é motivo
de polêmica pois amigos de Dantas alegam que algumas das canções dadas ao Rei
do baião acabaram sendo assinadas também por Humberto Teixeira e dentre elas
“Asa Branca”, “Mula Preta” e “Juazeiro”.
Mesmo sem ter estudado música ou saber tocar qualquer instrumento Dantas
deixou um rico legado musical e foi um dos grandes responsáveis pela fixação do
baião como um gênero musical de sucesso no Brasil compondo verdadeiras crônicas
do sertão.
O legado de Zé Dantas continua vivo com as músicas da sua Neta Marina
Elali.
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