segunda-feira, 4 de junho de 2012

Desafio dos poetas Triunfenses

Voltou a acontecer no último final de semana, depois de algum tempo, um desafio poético que realizo com alguns amigos poetas do Sertão a mais ou menos um ano.


A brincadeira acontece pelo facebook e temos das 9h do sábado às 9h do domingo para postar os versos.


O mote da semana foi:


a saudade insistente fez morada
no batente da minha moradia





O poeta Kleuber Nóbrega começou a brincadeira dizendo:


Relambrando da vida ao entardecer
e vagando nas ruas da paixão
me peguei nessa eterna solidão
eu não sei como pude te perder
não tenho fantasia nem prazer 
seja noite ou seja de dia
já não tenho sossego nem alegria
nem amor, só tristeza nessa estrada
a saudade insistente fez morada
no batente da minha moradia


Um pouco depois eu (Vitinho Gouveia) disse:


Como dona ela chega sem convite
E domina sem ter como impedir.
Sem deixar o cidadão se redimir
É fatal como um atirador de elite.
Quando vem faz perder o apetite
Não tem esse que demonstre alegria
Nem com reza, muito menos simpatia
Nunca passa, sempre tem uma pegada
A saudade insistente fez morada
No batente da minha moradia


e o Poeta Lucivaldo Ferreira...:


Tanto canto nesse mundo pra ficar
E a malvada invadiu justo o meu ninho
No batente, impedindo o meu caminho
Me prendendo entre o ser e o recordar
E a culpada é a dona do lugar
Que partiu dizendo que voltava um dia
Só deixando essa ilusão por companhia
E a emboscada me esperando na calçada
A saudade insistente fez morada
No batente da minha moradia.


Poeta Ronaldo Vasconcelos...


A papoula que colho no jardim
Lembra o adorno que tinha no cabelo
E o sorriso, que sofro por não tê-lo,
Hoje em dia, sorrindo para mim.
A lacuna parece não ter fim,
Não preencho com nossa alegria
Quando o vento suave rodopia
Traz lembrança do cheiro da amada.
A saudade insistente fez morada
No batente da minha moradia.


e o poeta Josenilson Kleuber encerrou o desafio dizendo:


Solidão sentimento sem sentido.
Que machuca e maltrata o coração.
Não se ver uma causa nem razão.
Pra fazer o amor ser esquecido.
O seu corpo parece entorpercido.
Sua mente é um mar de agonia.
Não se esculta a mais linda melodia.
Não sente prazer, não sente nada.
A saudade insistente fez morada
No batente da minha moradia.




Espero que tenham gostado. Sábado que vem tem mais.


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