Soneto de um grande mestre da poesia nordestina que eu tive a honra de conhecer na minha estada no Sertão de Pajeú.
Dedé Monteiro é de Tabira e além de poeta é professor de Educação Física, o que fez aumentar ainda mais nossa afinidade.
Deus abençoe Dedé!!!
SONETO DA REVOLTA
Que culpa tenho de ser diferente
Amar as artes porventura é crime?
Tudo é mutável e o irreverente
Não se acostuma com qualquer regime
Contra a vontade rude e indiferente
Eu sou amante do sagrado time
Que empresta a alma sofre, cria e sente
E sente nojo do poder que oprime
Aprendam isto: gente não se doma!
Pichem meu nome rasguem meu diploma
Aceito tudo com tranquilidade
Se acharem pouco, cubram-me de lodo,
Cortem meu riso, me excomunguem todo!
Só não me toquem na dignidade.
(Dedé Monteiro)
Amar as artes porventura é crime?
Tudo é mutável e o irreverente
Não se acostuma com qualquer regime
Contra a vontade rude e indiferente
Eu sou amante do sagrado time
Que empresta a alma sofre, cria e sente
E sente nojo do poder que oprime
Aprendam isto: gente não se doma!
Pichem meu nome rasguem meu diploma
Aceito tudo com tranquilidade
Se acharem pouco, cubram-me de lodo,
Cortem meu riso, me excomunguem todo!
Só não me toquem na dignidade.
(Dedé Monteiro)
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